terça-feira, agosto 01, 2006

A Liberdade


A liberdade significa basicamente, intrinsecamente, que você é capaz de escolher o que é certo ou errado. E o perigo, assim como acontece com o medo, é que o errado seja sempre aquilo que é mais fácil. O errado é como descer uma ladeira, o certo é subir uma ladeira. Subir é mais difícil, é uma tarefa árdua. Quanto mais alto você sobre, mais árdua se torna. Mas descer é muito fácil, você não precisa fazer nada, a gravidade faz tudo por você. Você pode apenas rolar como uma pedra caindo de cima da montanha: a pedra chegará até o vale sem que seja preciso fazer nada. Mas se quiser ascender em sua consciência, se quiser ascender no mundo da beleza, da verdade, do êxtase, então você deve procurar pelos picos mais altos, e isso certamente é difícil.A liberdade lhe dá a oportunidade de descer abaixo dos animais ou ascender acima dos anjos. A liberdade é uma escada: um lado da escada vai em direção ao inferno, o outro lado toca o paraíso. É a mesma escada: a escolha é sua, a direção precisa ser determinada por você.

Osho

sexta-feira, junho 30, 2006

Confiança...


Confiança: Não desperdice a sua vida com aquilo que lhe vai ser tirado. Confie na vida. Se você confiar, só então, será capaz de abandonar o seu conhecimento, só então, poderá colocar de lado a sua mente. E com a confiança, algo imenso tem início. Esta vida deixa de ser uma vida comum, torna-se plena de Deus, transbordante. Quando o coração se torna inocente e as paredes desaparecem, você fica ligado ao infinito. E você não terá sido enganado; não existirá nada que lhe possa ser tomado. Aquilo que pode ser tirado de você, não vale a pena guardar; e aquilo que não há como ser tirado de você, por que haveria alguém de ter medo que lhe seja tirado? -- não pode ser levado, não há possibilidade. Você não pode perder o seu tesouro verdadeiro.

Coragem


Coragem: A semente não pode saber o que lhe vai acontecer, a semente jamais conheceu a flor. E a semente não pode nem mesmo acreditar que traga em si a potencialidade para transformar-se em uma bela flor. Longa é a jornada, e sempre será mais seguro não entrar nessa jornada, porque o percurso é desconhecido, e nada é garantido. Nada pode ser garantido. Mil e uma são as incertezas da jornada, muitos são os imprevistos -- e a semente sente-se em segurança, escondida no interior de um caroço resistente. Ainda assim ela arrisca, esforça-se; desfaz-se da carapaça dura que é a sua segurança, e começa a mover-se. A luta começa no mesmo momento: a batalha com o solo, com as pedras, com a rocha. A semente era muito resistente, mas a plantinha será muito, muito delicada, e os perigos serão muitos


Alguma vez você já percebeu a noite passar? Pouquíssimas pessoas tomam consciência das coisas que estão acontecendo todos os dias. Você já prestou atenção ao chegar da noite? À meia-noite e à sua canção? Ao nascer do sol e à sua beleza? Temos nos comportado quase como um bando de cegos. Num mundo tão bonito, vivemos em pequenos compartimentos da nossa própria miséria. Ela é familiar; assim, mesmo que alguém queira arrancá-lo dali, você resistirá. Você não quer ser afastado da sua miséria, do seu sofrimento. Em contrapartida, há tanta alegria por toda à volta... você tem apenas de perceber isso e tornar-se um participante, não um espectador.Filosofia é especulação; Zen é participação. Participar da despedida da madrugada, participar da chegada da noite, participar das estrelas e das nuvens; faça da participação o seu estilo de vida, e toda a existência se transformará numa enorme alegria, num grande êxtase! Você não poderia ter imaginado um universo melhor.

Osho

Ninguém é superior ou inferior


Na existência não há ninguém que seja superior e ninguém que seja inferior. Uma folha de grama e a grande estrela são absolutamente iguais... O homem, porém, quer estar acima dos outros, quer conquistar a natureza, e por isso precisa lutar continuamente. Toda complexidade é fruto dessa luta. A pessoa inocente é aquela que renunciou à luta, que não está mais interessada em estar acima, que não está mais interessada em mostrar desempenho, em provar que é alguém especial; é aquela que se tornou semelhante a uma rosa, ou a uma gota de orvalho sobre a folha de lótus; que se tornou parte desta infinidade; aquela que se fundiu, se misturou e se tornou uma coisa só com o oceano, e agora é simplesmente uma onda; é aquela que não tem qualquer idéia do "eu". O desaparecimento do "eu" é a inocência."
Osho

No princípio é a natureza...


No princípio é natureza, no final é natureza. Então, por que criar tanta confusão no meio do caminho...? Por que ficar tão preocupado, tão ansioso, com tantas ambições, no meio do caminho -- por que criar tamanho desespero? Toda a jornada é da não-materialidade à não-materialidade. Encontrar-se "no vazio" pode ser desorientador e até assustador. Nada em que se apoiar, nenhum sentido de direção, nem mesmo um indício a respeito de quais opções e possibilidades poderiam estar à frente. Era, porém, exatamente esse estado de potencialidade pura que existia antes que o universo fosse criado. Tudo o que você pode fazer agora é relaxar no seio dessa não-materialidade... mergulhar nesse silêncio entre as palavras... observar esse vazio entre a expiração e a inspiração, e guardar o tesouro de cada momento vazio da experiência. Alguma coisa sagrada está para nascer.
Osho

segunda-feira, maio 01, 2006

Seu verdadeiro valor...



Um homem ia cometer suicídio e um mestre estava sentado à beira do rio onde ele ia se jogar. O mestre disse: ‘Espere um pouco! Espere! Você vai cometer suicídio? ’O homem disse, ‘Quem é você para me impedir? ’O mestre lhe disse, ‘Eu não estou impedindo você. Na verdade, eu gostaria de vê-lo cometendo suicídio, mas antes de fazê-lo, se você puder doar os seus dois olhos, porque o rei deste país ficou cego e os médicos disseram que se alguém puder doar-lhe os olhos, eles poderão ser transplantados e o rei poderá enxergar novamente. Mas tem que ser olhos de uma pessoa viva, não de um morto. E o que você quiser como recompensa, como prêmio, é só dizer e será seu. Assim, antes de suicidar, por que não fazer um pequeno negócio? ’O homem disse, ‘Quanto ele pagará?’ Ele já havia esquecido o suicídio. As pessoas estão sempre pensando em negócios. O mestre disse, ‘O quanto você pedir, é só dizer. ’Ele disse, ‘Eu sou um pobre homem, não posso pedir muito. Dê-me uma sugestão. Eu vou cometer suicídio. ’Então o mestre disse, ‘Pense alto. Que tal, vinte mil rúpias? ’O homem disse, ‘Vinte mil rúpias? Meu Deus, eu nunca pensei que poderia ter vinte mil rúpias. ’Mas o mestre disse, ‘Você ainda pode pensar. Eu posso até mesmo dizer ao rei que você precisa de vinte milhões. Tudo depende de você, pois o rei quer os olhos e paga qualquer preço. ’O homem disse, ‘Vinte milhões? Mas então, por que eu deveria cometer suicídio? ’O mestre disse, ‘Isto é com você. Mas, viver uma vida sem os olhos, mesmo tendo vinte milhões de rúpias, não será muito agradável. ’Já estavam a caminho do palácio, quando o homem começou a dizer ao mestre, ‘Eu estou pensando outra coisa. ’Ele disse, ‘Que outra coisa? Você já subiu o seu preço de novo? ’Ele respondeu, ‘O preço não é a questão. Eu estou pensando: só por dois olhos, vinte milhões? E quanto às duas orelhas, o nariz, os dentes, todo o meu corpo? Qual o preço de todo o meu corpo?’
O mestre disse, ‘Você pode calcular, pois se são vinte milhões por apenas dois olhos... ’O homem disse, ‘Eu não vou vender. Eu vou para a minha casa.’ O mestre disse, ‘E quanto ao suicídio? ’Ele disse, ‘Eu pensava que você era um homem religioso. Você é um assassino! Você quer que eu cometa suicídio? Agora que pela primeira vez eu pude reconhecer o que a existência me deu, e eu não tive que pagar nem um tostão. Estes dois olhos que têm visto todo tipo de beleza, estas duas orelhas que têm ouvido todo tipo de música, esta vida que tem experienciado tanta coisa... E eu nada paguei por isto, nem mesmo disse muito obrigado. E o suicídio nada mais é que a última reclamação, a mais feia reclamação contra a existência: ela me deu tanto e eu estou destruindo tudo. Ao invés de estar agradecido, eu estou traindo. Não, eu não posso cometer suicídio e não posso vender os meus olhos, eles não têm preço. Você pode dizer isto ao rei. Nem mesmo por todo o seu reino eu não posso doar os meus olhos, mesmo sendo eu um mendigo.’

quinta-feira, abril 27, 2006



Existem histórias antigas, muitas histórias em quase todas as líguas do mundo, em que alguém beija um sapo e este se torna um príncipe. O sapo havia sido amaldiçoado; ele estava simplesmente esperando que lhe dessem um beijo. Ele estava esperando que o amor viesse e o transformasse. O amor transforma - essa é a mensagem de todas essas histórias. As histórias são belas, muito indicativas, simbólicas. Somente o amor transforma o animal no humano; fora isso, não existe diferença entre humanos e outros animais. A única diferença, a diferença possível, é o amor. E, quanto mais você vive através do amor, como amor, mais a humanidade nasce em você. O máximo, o ponto ômega, é quando você se torna o amor. Então, não
somente o animal é transcendido, mesmo o humano é transcendido. Então, você é divino, é Deus. Todo o crescimento humano é o crescimento do amor. Sem amor, somos animais; com amor, somos humanos; e, quando o amor se torna seu ser natural, seu próprio sabor, você é Deus.
Osho

Retire o desamor



Nós não amamos. Mas esse não é o único problema. Nós desamamos. Assim, primeiro comece a abandonar tudo o que você sente como sendo desamoroso. Qualquer atitude, qualquer palavra, que você usa pelo hábito, mas que agora, de repente, sente que é cruel – abandone-a!
Esteja sempre disposto a dizer: "Sinto muito." Pouquíssimas pessoas são capazes de dizer isso. Mesmo quando parece que elas estão dizendo, não estão. Pode ser apenas uma formalidade social. Realmente dizer "Sinto muito" é um grande entendimento. Você está afirmando que fez algo errado e não está apenas tentando ser educado. Você está retirando algo, está retirando um ato que iria acontecer, está retirando uma palavra que você pronunciou.
Retire o desamor e, quando o fizer, perceberá muito mais coisas. Essa não é realmente uma questão de como amar, mas somente uma questão de como não amar. É como uma nascente de água coberta com pedras e rochas. Você remove as rochas, e a nascente começa a fluir. Ela está ali.
Todo coração tem amor, porque o coração não pode existir sem ele. Ele é o verdadeiro pulso da vida. Ninguém pode existir sem amor; é impossível. Uma verdade básica é que todos tem amor, têm a capacidade de amar e de ser amados. Mas algumas rochas – educação errada, atitudes erradas, esperteza, fingimentos e mil e uma coisas – estão bloqueando o caminho.
Retire os atos desamorosos, as palavras desamorosas, e repentinamente apanhará a si mesmo em um estado de ânimo muito amoroso. Haverá muitos momentos em que subitamente você perceberá que algo está borbulhando – e haverá amor, um vislumbre dele. E, aos poucos, esses momentos se tornarão mais prolongados.

Osho

sexta-feira, abril 21, 2006

O Caminho do Coração



AMOR é um ingrediente sutil da consciência. É capaz de mostrar o sentido profundo da consciência. Amor é a única "droga" legal. Alguns procuram equivocadamente no álcool e em outras drogas o que o Amor produz. Amor é o sentido mais necessário da vida. Os sábios conhecem o segredo e só procuram Amor. Os outros o ignoram e por isso procuram o externo. Como obter Amor? Bem... nenhuma técnica serve, porque Amor não é material. Não está submetido às leis do pensamento e da razão. Elas é que estão submetidas a Ele. Para obter Amor deve-se saber antes que Amor não é um sentimento, mas um Ser! Amor é alguém, um Espírito vivo e real, que quando se expressa, trás consigo a felicidade, a alegria, a beleza e a Paz. Como fazer com que Ele venha? Primeiro deve-se acreditar que Ele existe, porque a Ele não se vê, só se sente . Alguns o chamam Deus... (mas não importa o nome que se dê) Depois deve-se buscá-lo em sua morada íntima: o coração. Não é preciso chamá-lo porque já está em nós. Não é preciso pedir que se faça presente... que saia, é preciso liberá-lo e entregá-lo. Não se trata de pedir Amor, mas de dar Amor." É assim que se obtém AMOR: Amando! Dando Amor! Não é tão difícil... Tente!

quinta-feira, abril 20, 2006

O Caminho do Coração em Buenos Aires!

Fizemos um Encontro com o coração com um grupo muito especial em Buenos Aires. Foram 22 pessoas na Pousada La Reserva, um lugar encantador nos arredores de Buenos Aires. Hernan e Marlene hospedaram-nos em sua graciosa residência ao som das águas e dos ventos.
Ainda em Buenos Aires tivemos um Encontro com o Coração em Luz de Luna onde conhecemos alguns amigos sannyasins e pudemos compartilhar alguns trabalhos de Tantra.
Também foi muito especial o encontro com Ingrid May, em sua residência, onde conversamos sobre espiritualidade e tivemos o reconhecimento do valor de significativas amizades. Comemos uma pizza portenha com um bom vinho argentino.

Infelizmente perdemos nossa máquina na viagem... como disse Nataraj, as imagens ficarão guardadas na memória...
Andrea está nos enviando algumas fotos que foram registradas com sua máquina e na medida do possível vamos compartilhando aqui...
Nossa idéia é fazer do Blog um ponto de encontro entre os participantes dos Encontros de Tantra, e também para trocarmos fotografias e depoimentos de nossas viagens a cada grupo.

Já estamos nos preparando para o Encontro com o Coração em Brasília, em Alto Paraíso!

terça-feira, abril 18, 2006

A Árvore dos Desejos



No conceito indiano (védico), o Paraíso é composto por árvores-dos-desejos, as quais basta você sentar debaixo e desejar qualquer coisa para que imediatamente se realize, sem que haja intervalo entre o desejo e a realização. Uma vez, um homem estava viajando e, acidentalmente, sentou-se embaixo de uma dessas árvores-dos-desejos. Sem saber do conceito acima e domado pelo cansaço, ele pegou no sono. Quando despertou estava com muita fome, então disse:

- Estou com tanta fome que desejaria poder conseguir alguma comida em algum lugar.

E imediatamente apareceu comida, vinda do nada, simplesmente uma deliciosa comida, flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde viera a comida.Começou a comê-la assim que a viu. Somente depois que a fome desapareceu é que voltou a olhar ao redor, já satisfeito. Outro pensamento seguiu em sua mente:

- Se ao menos conseguisse algo para beber...

E, imediatamente apareceu à ele excelentes sucos e néctares. Bebendo e relaxando na brisa fresca, sob a sombra da árvore, começou a pensar:

- O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao meu redor que estão fazendo truques comigo? - E espíritos apareceram. E eram ferozes, horríveis, nauseantes. Ele começou a tremer e um pensamento seguiu em sua mente:

- Agora vou ser assassinado, com certeza.

e BUM ! ! ! ... assim aconteceu ...

Esta parábola tem apenas um significado: sua mente é a árvore-dos-desejos, e o que você pensa, mais cedo ou mais tarde, há de se realizar. Ás vezes o intervalo entre o pensamento e o acontecimento é tão grande que nos esquecemos completamente que, de alguma maneira, desejamos o ocorrido.
Mas, se olharmos profundamente, perceberemos que todos os nossos pensamentos, medos e receios é que estão criando nossas vidas. Eles criam nosso inferno ou nosso paraíso; criam nosso tormento ou nossa alegria; o negativo ou o positivo. Todos nós somos "mágicos". E todos estamos fiando e tecendo um mundo ao nosso redor, sem mesmo tomarmos conta disso.
Sua vida está em suas mãos. Você pode dar a volta por cima, pode transformar seu inferno em paraíso. A responsabilidade é toda sua. Seu paraíso depende somente de você!

Cuidado, pois você pode estar sentado neste momento, sob a sua árvore-dos-desejos.